Hoje, dia 24 de Novembro comemora-se o dia Dia Nacional da Divulgação Cientifica, cujo objectivo é aproximar a comunidade cientifica dos cidadãos comuns, através da divulgação do seus trabalhos cientificos junto do público.
Neste sentido, trago-vos hoje um poema de um cientista português Rómulo de Carvalho, cujo pseudónimo é António Gedeão.
António Gedeão foi professor de Fisica-Quimica, escreveu o poema, a Pedra Fiolosofal , editado no livro, Movimento Perpétuo em 1956. Mais tarde em 1969 , Manuel Freire pegou neste poema, transformando a sua canção, num sucesso.
Leiam o poema e a seguir vejam o vídeo da canção.
Pedra Filosofal
Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam.
em bebedeiras de azul.
Eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel.
base, fuste, capitel,
arco em ogiva vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara negra, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
cabo da Boa Esperança,
ouro canela marfim,
bastidor, paço de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra som, televisão,
desembarque em foguetão,
na superfície lunar.
Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que o homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança
Lindo poema, linda canção!
ResponderEliminarAdorei! E gostei mais ainda desse cantinho!
Já virei seguidora!
Beijos
Ana